Geleia Geral
17 de dezembro de 2021
Geleia Geral: Não vire o ano sem ouvir estes artistas!
Você piscou e 2021 foi embora! Como o ano passou voando, acredito que você tenha deixado para trás algumas pérolas da música baiana lançadas neste insano segundo ano de pandemia. Então, prepare o fone de ouvido e as caixinhas de som para o que selecionamos para que você não vire o ano sem conhecer:
André Dias

Foto: Glauco Neves
Gravado em Salvador, “Das Mais Belas Tristezas às Mais Doces Levezas”, do cantor, compositor e guitarrista André Dias divide-se em Álbum Visual e Disco lançado em todas as plataformas digitais e contém músicas que trazem um contraponto ao retratar o protagonismo de um homem negro, preso a estereótipos racistas e machistas.
Brandão
Cantautor baiano de Feira de Santana, Brandão passeia pelo pop, axé e MPB, trazendo em suas letras conflitos amorosos contemporâneos, com uma forte carga sentimental. Seu mais recente trabalho foi o single “Teu Caminhar”, bebendo muito do axé, principalmente do ijexá, lançado junto com um clipe que conta também com sua direção.
Isa Roth
Em 2021, a artista lançou o seu EP de estreia, “Mais”, pelo selo Banana Atômica, contando com as participações das vocalistas do Tuyo, Lio e Lay e produção de André T. Depois de lançar o single-clipe de “Vai Assim Mesmo” e “Âncora”, ela apresenta uma nova versão para a música “Vou Fazer”. Em “Vou Fazer Cyber Lo-Fi”, Isa deixa de lado a sua verve mais dançante e pop e parte para uma música em que explora mais os vocais e dá mais profundidade e nuance à letra da canção. Aqui ela ganha elementos futurísticos e do cyberpunk, na verdade, essa foi a primeira versão enviada pelo produtor André T, que ficou guardada para um momento oportuno.
John Barros
Cantor, compositor, poeta e escritor, John Barros lança seu primeiro trabalho fonográfico intitulado “Grito do Silêncio” com 5 músicas autorais. Transitando entre a MPB e o rock alternativo, sua poesia cantada mostra uma alquimia com elementos da mitologia grega, filosofia, resvalando nos acontecimentos da sociedade contemporânea.
Luiza Audaz
Melly
Feche o olho e imagine um R&B genuinamente feito na Bahia! Creio que você vá chegar perto do que o som de Melly tem feito. A baiana tem alguns singles e o EP Azul (2021) disponíveis nas plataformas de stream. Curta bem esse som!
Pessoa
Pessoa é um cantor e compositor baiano. Em sua trajetória solo, lançou três EPs: “Esse é Pra Tocar no Streaming” (2019), “Surreal” (2020) e “Não Fique Jururu” (2021). Ele traz à público, em suas canções, um olhar de cronista sobre as questões e incertezas da vida cotidiana. Tudo isso a partir de uma sonoridade pop, divertida e brasileira. No seu último lançamento, o clipe do ska “Azoada”, Pessoa reflete o cotidiano de músicos que, para criar e gravar no home office, precisam lidar com o barulho persistente de obras dos vizinhos.
Rachel Reis
Acho improvável que você ainda não tenha se esbarrado com a música dela por aí, pois já rendeu indicação de artistas nacionais como Taís Araújo e Céu. Rachel, de Feira de Santana, conquistou com suas letras de amor acompanhadas de boas batidas dançantes e refrães deliciosos de repetir. Mas se ainda não ouviu, não perca mais tempo não!
Sal Pessoa
Cantor e compositor de Vitória da Conquista, Bahia, é nova aposta do selo carioca Gatos Pingados. Aos 27 anos, Sal passa a figurar no catálogo ao lado de nomes como Chico Chico, Daíra, Pedro Franco e Gabriel Grossi. Em 2021 lançou o EP “Souvenir”, produzido por Marcos Mesmo, e que conta com participação especial de Chico Chico e reúne instrumentistas cariocas da nova geração, como Pedro Fonseca, Lucas Videla e Miguel Dias.
Sergio Franco Filho
Sergio Franco Filho pode ser considerado um veterano da cena rock soteropolitana. Dono do selo Torto Fono Gramas, que botou no mundo trabalhos de Yun-Fat, Cobalto, Minus Blindness e Bestiário. Sergio lança seu álbum “Senderos” no dia 21 de dezembro, mas a gente já ouviu e já fomos impactados pelas letras e músicas. “Senderos” musicalmente soa como se tivesse sido composto em meados e final dos anos 1990 e inicio dos anos 2000. A proposta musical relembra uma época onde bandas como Dominatrix, Paúra, Nofx, Pennywise, Dead Fish entre outros apresentavam os assim chamados Hardcore Melódico e Pop Punk. Melódico, sem abrir mão do peso e da distorção, mas com um pé no que seria considerado radiofônico, e com letras sagazes em português Faça o pré-save!