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11 de fevereiro de 2016
Associação de Blocos Carnavalescos criará estatuto para garantir a folia gratuita
A Associação dos Blocos Carnavalescos de Vitória da Conquista está caminhando para a construção de um estatuto que pretende garantir a continuidade da festa e a manutenção de um formato de um carnaval cultural temático e aberto à população
Por Rhaic Piancó
Nos últimos dias 6, 7, 8 e 9 de fevereiro, a Praça da Bandeira, em Vitória da Conquista, recebeu a 5ª edição oficial do Carnaval Conquista Cultural. O evento reuniu neste ano cerca de 4 mil foliões e contou com uma estrutura diferente dos anos anteriores.
Em conversa com a Revista Gambiarra, um dos idealizadores da festa, Gilmar Gama, contou o motivo das mudanças no formato e o saldo positivo que 2016 trouxe para a folia em Conquista.
Gama disse que o evento que vem adquirindo um formato próprio e que a Associação dos Blocos Carnavalescos de Vitória da Conquista está caminhando para sua legalização. Segundo ele, isso vai garantir a continuidade da festa e a manutenção de um formato de um carnaval cultural temático e aberto à população.
Tal Associação, que é responsável pela concepção do carnaval, dentro das regras estabelecidas, afirmará em estatuto que o carnaval jamais poderá ser comercial, com venda de camisas e camarotes, mas sim, aberto ao público. Logo, não existirá possibilidade do carnaval ser modificado por interferência do meio empresarial de entretenimento, pois o que vai garantir o formato da festa é exatamente o estatuto da associação dos blocos.
Contudo, para o carnaval ser gratuito, alguém tem que pagar o preço da festa, que possui custos, cachê de bandas e infraestrutura. De acordo com Gilmar Gama, o que se planeja é que parte dessa infraestrutura seja bancada pelo poder público, outra parte pela iniciativa privada e que o folião tenha acesso livre.
O carnaval em sua tradição é composto por um trio elétrico fazendo um percurso nas ruas. Sobre a ausência do trio este ano, Gilmar esclarece: “Um trio elétrico é um equipamento extremamente caro e nós temos dificuldades de patrocínio. A festa está numa fase embrionária ainda e, por isso, nós não temos facilidade de captar recursos. Então, este ano, optamos por fazer a num espaço fechado, numa praça, que não comportava a grande movimentação de um trio elétrico. Optamos por um pequeno microtrio fazendo as marchinhas e um palco fixo”.